Dólar abre em alta com mercado de olho na ata do Copom e nos dados de emprego dos EUA

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar começou a sessão desta terça-feira (16) em alta, com avanço de 0,27% por volta das 9h01, cotado a R$ 5,4380. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Os mercados começam o dia de olho na agenda do Brasil e dos Estados Unidos. No cenário doméstico, a atenção se volta à ata do Copom, que traz mais detalhes sobre a decisão do Banco Central em manter os juros. Lá fora, indicadores de emprego e consumo ajudam a calibrar as expectativas sobre quando o Fed pode iniciar cortes nas taxas. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, a ata da última reunião do Copom reforçou sinais de desaceleração da atividade e queda da inflação, mas não indicou quando poderá começar a reduzir a taxa básica. O BC afirmou que seguirá vigilante e não hesitará em retomar altas se necessário. ▶️ Nos EUA, o destaque do dia é o relatório de empregos (payroll) referente a novembro e outubro, cuja divulgação havia sido adiada pela paralisação do governo. A expectativa é de criação de cerca de 50 mil vagas. ???? Um resultado mais fraco que o esperado no mercado de trabalho americano pode reacender apostas em um novo corte de juros já em janeiro, caso os números indiquem retração na geração de empregos. ▶️ Também nos EUA, saem dados de vendas no varejo de outubro, com previsão de alta de 0,2% no mês e avanço de 2,7% na base anual. A agenda inclui ainda índices PMI preliminares de indústria e serviços para dezembro, além de estoques empresariais e de petróleo. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: ????Dólar a Acumulado da semana: +0,23%; Acumulado do mês: +1,64%; Acumulado do ano: -12,25%. ????Ibovespa C Acumulado da semana: +1,07%; Acumulado do mês: +2,14%; Acumulado do ano: +35,08%. Ata do Copom O Banco Central informou nesta terça-feira que a economia brasileira segue em desaceleração gradual, enquanto a inflação atual e as expectativas para os próximos meses continuam recuando. Esse movimento, em tese, abre espaço para cortes de juros no futuro, mas ainda não no curto prazo. ???? Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, a autoridade monetária manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano — o maior nível em quase 20 anos — pela quarta vez consecutiva. O documento não trouxe sinalizações sobre quando os juros poderão começar a cair e reforçou que o Banco Central seguirá atento ao cenário, podendo inclusive voltar a elevar a taxa, se necessário. Segundo o Copom, embora as expectativas de inflação estejam em trajetória de queda, elas ainda permanecem acima da meta oficial definida pelo governo. Por isso, o comitê avalia que é preciso manter os juros elevados por mais tempo para garantir que a inflação convirja para o objetivo com menor risco para a economia. ???? Em um cenário de expectativas “desancoradas” — quando o mercado não está plenamente convencido de que a inflação ficará dentro da meta —, a política monetária precisa ser mais restritiva. A ata também destacou que a condução cautelosa da política de juros tem ajudado a conter a inflação. O BC reiterou seu compromisso com o controle dos preços e afirmou que o cenário atual exige uma política monetária contracionista — isto é, com juros altos — por um período prolongado. Além disso, o BC explicou que a desaceleração da economia faz parte da estratégia para conter a inflação. Dados recentes mostram crescimento mais moderado do PIB e desaceleração no consumo das famílias, movimento considerado essencial para reduzir as pressões inflacionárias, especialmente no setor de serviços. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados futuros começaram o dia em queda, refletindo a cautela antes da divulgação do relatório de empregos, que pode indicar a saúde da economia e influenciar as expectativas sobre juros para o próximo ano. Durante a manhã, os futuros do Dow Jones recuavam 0,13%, os do S&P 500 caíam 0,19% e os da Nasdaq perdiam 0,31%. As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço. Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%. Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa. Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta. No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o N

Dez 16, 2025 - 10:00
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Dólar abre em alta com mercado de olho na ata do Copom e nos dados de emprego dos EUA

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar começou a sessão desta terça-feira (16) em alta, com avanço de 0,27% por volta das 9h01, cotado a R$ 5,4380. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Os mercados começam o dia de olho na agenda do Brasil e dos Estados Unidos. No cenário doméstico, a atenção se volta à ata do Copom, que traz mais detalhes sobre a decisão do Banco Central em manter os juros. Lá fora, indicadores de emprego e consumo ajudam a calibrar as expectativas sobre quando o Fed pode iniciar cortes nas taxas. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, a ata da última reunião do Copom reforçou sinais de desaceleração da atividade e queda da inflação, mas não indicou quando poderá começar a reduzir a taxa básica. O BC afirmou que seguirá vigilante e não hesitará em retomar altas se necessário. ▶️ Nos EUA, o destaque do dia é o relatório de empregos (payroll) referente a novembro e outubro, cuja divulgação havia sido adiada pela paralisação do governo. A expectativa é de criação de cerca de 50 mil vagas. ???? Um resultado mais fraco que o esperado no mercado de trabalho americano pode reacender apostas em um novo corte de juros já em janeiro, caso os números indiquem retração na geração de empregos. ▶️ Também nos EUA, saem dados de vendas no varejo de outubro, com previsão de alta de 0,2% no mês e avanço de 2,7% na base anual. A agenda inclui ainda índices PMI preliminares de indústria e serviços para dezembro, além de estoques empresariais e de petróleo. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: ????Dólar a Acumulado da semana: +0,23%; Acumulado do mês: +1,64%; Acumulado do ano: -12,25%. ????Ibovespa C Acumulado da semana: +1,07%; Acumulado do mês: +2,14%; Acumulado do ano: +35,08%. Ata do Copom O Banco Central informou nesta terça-feira que a economia brasileira segue em desaceleração gradual, enquanto a inflação atual e as expectativas para os próximos meses continuam recuando. Esse movimento, em tese, abre espaço para cortes de juros no futuro, mas ainda não no curto prazo. ???? Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, a autoridade monetária manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano — o maior nível em quase 20 anos — pela quarta vez consecutiva. O documento não trouxe sinalizações sobre quando os juros poderão começar a cair e reforçou que o Banco Central seguirá atento ao cenário, podendo inclusive voltar a elevar a taxa, se necessário. Segundo o Copom, embora as expectativas de inflação estejam em trajetória de queda, elas ainda permanecem acima da meta oficial definida pelo governo. Por isso, o comitê avalia que é preciso manter os juros elevados por mais tempo para garantir que a inflação convirja para o objetivo com menor risco para a economia. ???? Em um cenário de expectativas “desancoradas” — quando o mercado não está plenamente convencido de que a inflação ficará dentro da meta —, a política monetária precisa ser mais restritiva. A ata também destacou que a condução cautelosa da política de juros tem ajudado a conter a inflação. O BC reiterou seu compromisso com o controle dos preços e afirmou que o cenário atual exige uma política monetária contracionista — isto é, com juros altos — por um período prolongado. Além disso, o BC explicou que a desaceleração da economia faz parte da estratégia para conter a inflação. Dados recentes mostram crescimento mais moderado do PIB e desaceleração no consumo das famílias, movimento considerado essencial para reduzir as pressões inflacionárias, especialmente no setor de serviços. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados futuros começaram o dia em queda, refletindo a cautela antes da divulgação do relatório de empregos, que pode indicar a saúde da economia e influenciar as expectativas sobre juros para o próximo ano. Durante a manhã, os futuros do Dow Jones recuavam 0,13%, os do S&P 500 caíam 0,19% e os da Nasdaq perdiam 0,31%. As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço. Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%. Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa. Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta. No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o Nikkei 1,6%, a 49.373 pontos. Outros mercados também tiveram baixa: Seul (-2,24%), Taiwan (-1,19%) e Cingapura (-0,20%). Notas de 1 dólar Rafael Holanda/g1 *Com informações da agência de notícias Reuters

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