Dólar abre em queda após decisões de juros e à espera de novos dados econômicos; Ibovespa recua

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (11) em queda, recuando 0,72% por volta das 10h17, aos R$ 5,4293. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,17%, a 158.807 mil pontos. Os investidores iniciam esta quinta-feira atentos aos desdobramentos das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto novos dados econômicos entram no radar. Além disso, o cenário político segue influenciando o humor do mercado. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, sem sinalizar claramente quando começará o ciclo de cortes. Apesar do tom conservador, revisões indicam que a inflação pode atingir o centro da meta já na primeira reunião de 2026. ▶️ Nos EUA, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,5% a 3,75%, mas também evitou indicar próximos passos. Powell falou em “pausa”, sem descartar novo corte em janeiro. ▶️ Hoje, os investidores aguardam dados como pedidos de auxílio-desemprego, estoques no atacado e balança comercial, que deve registrar déficit de US$ 63,3 bilhões. ▶️ No campo político, a corrida eleitoral de 2026 continua no radar. A possível redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, aprovada na Câmara, reacende especulações sobre impacto nas eleições e influencia as expectativas do mercado para as contas públicas. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: ????Dólar a Acumulado da semana: +0,66%; Acumulado do mês: +2,50%; Acumulado do ano: -11,51%. ????Ibovespa C Acumulado da semana: +1,08%; Acumulado do mês: 0,00%; Acumulado do ano: +32,25%. Decisões de juros Na última Superquarta do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez seguida, mantendo o juro no maior nível em 20 anos. No comunicado, o BC afirmou que a taxa deve ficar alta por um “período prolongado” devido às incertezas, inflação ainda pressionada e atividade resiliente — sem qualquer sinal de cortes. ????A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, ficou em 0,18% em novembro, o menor para o mês em sete anos. A inflação acumula 3,92% no ano e 4,46% em 12 meses. ▶️ Com esse desempenho, a inflação voltou a se manter dentro do intervalo de tolerância do Banco Central, que trabalha com meta de 3% e admite variação até o teto de 4,5%. Mais cedo, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano — menor nível desde setembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (10), veio em linha com a expectativa do mercado financeiro. Esse foi o terceiro corte seguido nos juros americanos — e também o terceiro em 2025. Na reunião anterior, em outubro, o Fed reduziu a taxa na mesma proporção, para a banda de 3,75% a 4% ao ano. Além da decisão, o Fed divulgou suas projeções para 2026, apontando apenas um corte nas taxas. A informação frustrou agentes do mercado financeiro, que esperavam sinalização de pelo menos duas reduções ao longo do próximo ano. Como previsto por analistas, a votação não foi unânime. Dos 12 membros votantes do Fomc, nove votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual, incluindo o presidente do Fed, Jerome Powell. O diretor Stephen Miran, nomeado por Trump em setembro, defendeu um corte maior, de 0,50 ponto percentual. Já outros dois integrantes do colegiado preferiram manter os juros. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em alta nesta quarta-feira, repercutindo os cortes de juros nos EUA. O Dow Jones subiu 1,05%, aos 48.057,87 pontos, o S&P 500 avançou 0,68%, aos 6.886,80 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,33%, aos 23.654,16 pontos. As bolsas europeias fecharam sem direção única, com cautela antes da decisão do Fed. O setor de defesa, que vinha sustentando ganhos recentes, registrou perdas, enquanto Londres destoou com alta apoiada por ações ligadas a commodities. O índice STOXX 600 fechou praticamente estável, aos 577,78 pontos. Entre as principais bolsas da região, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,13% e terminou o dia em 24.130,14 pontos. Já o CAC 40, em Paris, caiu 0,37%, para 8.022,69 pontos. No sentido oposto, o FTSE 100, de Londres, avançou 0,14% e encerrou aos 9.655,53 pontos. Na Ásia, as bolsas fecharam com resultados mistos. Na China, os índices caíram pelo segundo dia seguido, pressionados por sinais de deflação, apesar da alta do setor imobiliário liderada pela Vanke. Em Hong Kong, houve recuperação, enquanto outros mercados tiveram variações pequenas. No fechamento: em Xangai, o índice SSEC caiu 0,23%, para 3.900 pontos, e o CSI300 recuou 0,14%, a 4.591 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,42%, para 25.540 pontos. Já o Nikke

Dez 11, 2025 - 11:00
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Dólar abre em queda após decisões de juros e à espera de novos dados econômicos; Ibovespa recua

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (11) em queda, recuando 0,72% por volta das 10h17, aos R$ 5,4293. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,17%, a 158.807 mil pontos. Os investidores iniciam esta quinta-feira atentos aos desdobramentos das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto novos dados econômicos entram no radar. Além disso, o cenário político segue influenciando o humor do mercado. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, sem sinalizar claramente quando começará o ciclo de cortes. Apesar do tom conservador, revisões indicam que a inflação pode atingir o centro da meta já na primeira reunião de 2026. ▶️ Nos EUA, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,5% a 3,75%, mas também evitou indicar próximos passos. Powell falou em “pausa”, sem descartar novo corte em janeiro. ▶️ Hoje, os investidores aguardam dados como pedidos de auxílio-desemprego, estoques no atacado e balança comercial, que deve registrar déficit de US$ 63,3 bilhões. ▶️ No campo político, a corrida eleitoral de 2026 continua no radar. A possível redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, aprovada na Câmara, reacende especulações sobre impacto nas eleições e influencia as expectativas do mercado para as contas públicas. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: ????Dólar a Acumulado da semana: +0,66%; Acumulado do mês: +2,50%; Acumulado do ano: -11,51%. ????Ibovespa C Acumulado da semana: +1,08%; Acumulado do mês: 0,00%; Acumulado do ano: +32,25%. Decisões de juros Na última Superquarta do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez seguida, mantendo o juro no maior nível em 20 anos. No comunicado, o BC afirmou que a taxa deve ficar alta por um “período prolongado” devido às incertezas, inflação ainda pressionada e atividade resiliente — sem qualquer sinal de cortes. ????A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, ficou em 0,18% em novembro, o menor para o mês em sete anos. A inflação acumula 3,92% no ano e 4,46% em 12 meses. ▶️ Com esse desempenho, a inflação voltou a se manter dentro do intervalo de tolerância do Banco Central, que trabalha com meta de 3% e admite variação até o teto de 4,5%. Mais cedo, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, reduziu as taxas de juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano — menor nível desde setembro de 2022. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (10), veio em linha com a expectativa do mercado financeiro. Esse foi o terceiro corte seguido nos juros americanos — e também o terceiro em 2025. Na reunião anterior, em outubro, o Fed reduziu a taxa na mesma proporção, para a banda de 3,75% a 4% ao ano. Além da decisão, o Fed divulgou suas projeções para 2026, apontando apenas um corte nas taxas. A informação frustrou agentes do mercado financeiro, que esperavam sinalização de pelo menos duas reduções ao longo do próximo ano. Como previsto por analistas, a votação não foi unânime. Dos 12 membros votantes do Fomc, nove votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual, incluindo o presidente do Fed, Jerome Powell. O diretor Stephen Miran, nomeado por Trump em setembro, defendeu um corte maior, de 0,50 ponto percentual. Já outros dois integrantes do colegiado preferiram manter os juros. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em alta nesta quarta-feira, repercutindo os cortes de juros nos EUA. O Dow Jones subiu 1,05%, aos 48.057,87 pontos, o S&P 500 avançou 0,68%, aos 6.886,80 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,33%, aos 23.654,16 pontos. As bolsas europeias fecharam sem direção única, com cautela antes da decisão do Fed. O setor de defesa, que vinha sustentando ganhos recentes, registrou perdas, enquanto Londres destoou com alta apoiada por ações ligadas a commodities. O índice STOXX 600 fechou praticamente estável, aos 577,78 pontos. Entre as principais bolsas da região, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,13% e terminou o dia em 24.130,14 pontos. Já o CAC 40, em Paris, caiu 0,37%, para 8.022,69 pontos. No sentido oposto, o FTSE 100, de Londres, avançou 0,14% e encerrou aos 9.655,53 pontos. Na Ásia, as bolsas fecharam com resultados mistos. Na China, os índices caíram pelo segundo dia seguido, pressionados por sinais de deflação, apesar da alta do setor imobiliário liderada pela Vanke. Em Hong Kong, houve recuperação, enquanto outros mercados tiveram variações pequenas. No fechamento: em Xangai, o índice SSEC caiu 0,23%, para 3.900 pontos, e o CSI300 recuou 0,14%, a 4.591 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,42%, para 25.540 pontos. Já o Nikkei, em Tóquio, caiu 0,10%, para 50.602 pontos. Em outros mercados: Kospi -0,21%, Taiex +0,77%, Straits Times -0,03%. Dólar freepik *Com informações da agência de notícias Reuters

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