Dólar avança e retoma os R$ 5,35 com PIB trimestral acima do esperado nos EUA; bolsa recua
Prévia da inflação sobe 0,48% em setembro O dólar opera em alta nesta quinta-feira (25), subindo 0,45% por volta das 12h05, a R$ 5,3507. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 0,38%, aos 145.932 pontos. O dia é marcado pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, saíram projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro. Lá fora, investidores acompanham revisões sobre o crescimento da economia americana e a variação de preços ao consumidor. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou seu relatório trimestral e reduziu de 2,1% para 2% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025. A instituição também projetou o PIB para o ano que vem que, se confirmado, poderá apresentar o menor avanço desde 2020. ▶️ Em seguida, o IBGE apresentou a prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15. O índice subiu 0,48% no mês, levemente abaixo do esperado (0,51%). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,32%. ▶️ Nos EUA, a agenda também foi movimentada. O destaque foi a revisão do PIB, que mostrou crescimento de 3,8% no segundo trimestre. O número veio acima da primeira estimativa, de 3,3%, e também das previsões dos economistas, que não esperavam mudanças. O resultado acima do esperado leva os investidores a acreditarem que o BC americano pode adiar novos cortes nos juros previstos para este ano. Isso tende a fortalecer o dólar, já que os investimentos no país ficam mais atrativos, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão negativa sobre a bolsa de valores brasileira. ▶️ Ainda por lá, dois representantes do banco central se manifestaram ao longo do dia: Jeffrey Schmid defendeu um corte de 0,25 ponto nos juros como forma de proteger o mercado de trabalho; já Stephen Miran criticou o nível atual das taxas e sugeriu reduções mais amplas, de até 2 pontos percentuais. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: +0,12%; Acumulado do mês: -1,75%; Acumulado do ano: -13,80%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,43%; Acumulado do mês: +3,58%; Acumulado do ano: +21,79%. Relatório de Política Monetária do BC O Banco Central publicou hoje o relatório de política monetária referente ao terceiro trimestre, no qual revisou para baixo sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,1% para 2%. Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano. Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19. A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias. IPCA-15 de setembro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro — resultado ligeiramente abaixo das estimativas de economistas, que previam alta de 0,51%. Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses; Em 2025, a inflação chegou a 3,76%. Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Após queda de 4,93% em agosto, o item avançou 12,17% devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior. Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, a prévia da inflação de setembro trouxe sinais positivos, com destaque para a melhora na composição do índice — especialmente na média dos núcleos, que registra alta de 5,9% em 12 meses. Segundo ele, embora o nível ainda esteja elevado e acima do teto da meta (4,5%), a combinação entre a perda de ritmo da atividade econômica e o recuo nos núcleos reforça a confiança em um processo de desaceleração. “[Esse resultado] reforça nossa confiança na trajetória de queda da inflação. Mantemos a projeção de 4,6% para este ano e 4% para o próximo, além da expectativa de corte na taxa de juros a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando a Selic de 15% para 14,5%”, afirma Barbosa. Dados econômicos dos EUA Indicadores relevantes da economia americana foram divulgados nesta quinta-feira, com destaque para a revisão do Produto Interno Bruto (PIB), que apresentou crescimento de 3,8% no segundo trimestre, em ritmo anual, segundo o Departamento de Comércio. O resultado ficou acima da estimativa inicial de 3,3% e também superou as previsões de especialistas, que não esperavam alterações. Esse desempenho foi impulsionado, em parte, pelos investimentos das empresas em tecnologia, com destaque para a área de inte

Prévia da inflação sobe 0,48% em setembro O dólar opera em alta nesta quinta-feira (25), subindo 0,45% por volta das 12h05, a R$ 5,3507. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 0,38%, aos 145.932 pontos. O dia é marcado pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, saíram projeções do Banco Central e a prévia da inflação de setembro. Lá fora, investidores acompanham revisões sobre o crescimento da economia americana e a variação de preços ao consumidor. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou seu relatório trimestral e reduziu de 2,1% para 2% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2025. A instituição também projetou o PIB para o ano que vem que, se confirmado, poderá apresentar o menor avanço desde 2020. ▶️ Em seguida, o IBGE apresentou a prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15. O índice subiu 0,48% no mês, levemente abaixo do esperado (0,51%). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 5,32%. ▶️ Nos EUA, a agenda também foi movimentada. O destaque foi a revisão do PIB, que mostrou crescimento de 3,8% no segundo trimestre. O número veio acima da primeira estimativa, de 3,3%, e também das previsões dos economistas, que não esperavam mudanças. O resultado acima do esperado leva os investidores a acreditarem que o BC americano pode adiar novos cortes nos juros previstos para este ano. Isso tende a fortalecer o dólar, já que os investimentos no país ficam mais atrativos, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão negativa sobre a bolsa de valores brasileira. ▶️ Ainda por lá, dois representantes do banco central se manifestaram ao longo do dia: Jeffrey Schmid defendeu um corte de 0,25 ponto nos juros como forma de proteger o mercado de trabalho; já Stephen Miran criticou o nível atual das taxas e sugeriu reduções mais amplas, de até 2 pontos percentuais. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: +0,12%; Acumulado do mês: -1,75%; Acumulado do ano: -13,80%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,43%; Acumulado do mês: +3,58%; Acumulado do ano: +21,79%. Relatório de Política Monetária do BC O Banco Central publicou hoje o relatório de política monetária referente ao terceiro trimestre, no qual revisou para baixo sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,1% para 2%. Para 2026, ano de eleições presidenciais, o Banco Central estimou um crescimento ainda mais modesto para o PIB brasileiro: 1,5%. É a primeira vez que a instituição apresenta uma projeção para a atividade econômica do próximo ano. Segundo dados oficiais, caso se confirme, a projeção de crescimento do Banco Central para o próximo ano será a menor desde 2020, quando houve uma retração de 3,3% devido à pandemia de Covid-19. A expectativa de menor crescimento do PIB, tanto neste ano quanto no próximo, ocorre em um contexto de manutenção dos juros em níveis elevados, como forma de conter pressões inflacionárias. IPCA-15 de setembro O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro — resultado ligeiramente abaixo das estimativas de economistas, que previam alta de 0,51%. Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 5,32% em 12 meses; Em 2025, a inflação chegou a 3,76%. Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial. Após queda de 4,93% em agosto, o item avançou 12,17% devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior. Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, a prévia da inflação de setembro trouxe sinais positivos, com destaque para a melhora na composição do índice — especialmente na média dos núcleos, que registra alta de 5,9% em 12 meses. Segundo ele, embora o nível ainda esteja elevado e acima do teto da meta (4,5%), a combinação entre a perda de ritmo da atividade econômica e o recuo nos núcleos reforça a confiança em um processo de desaceleração. “[Esse resultado] reforça nossa confiança na trajetória de queda da inflação. Mantemos a projeção de 4,6% para este ano e 4% para o próximo, além da expectativa de corte na taxa de juros a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando a Selic de 15% para 14,5%”, afirma Barbosa. Dados econômicos dos EUA Indicadores relevantes da economia americana foram divulgados nesta quinta-feira, com destaque para a revisão do Produto Interno Bruto (PIB), que apresentou crescimento de 3,8% no segundo trimestre, em ritmo anual, segundo o Departamento de Comércio. O resultado ficou acima da estimativa inicial de 3,3% e também superou as previsões de especialistas, que não esperavam alterações. Esse desempenho foi impulsionado, em parte, pelos investimentos das empresas em tecnologia, com destaque para a área de inteligência artificial. Os números mais fortes que o esperado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante outras divisas, com investidores dosando a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses. No primeiro trimestre, a economia teve queda de 0,6%, um recuo ligeiramente maior que os 0,5% informados anteriormente. Essa queda foi atribuída à antecipação de importações no início do ano, em resposta às tarifas impostas pelo governo Donald Trump — um movimento que se estabilizou no trimestre seguinte. Além disso, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 14 mil, para 218 mil na semana encerrada em 20 de setembro, em dado com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo das projeções de economistas, que previam 235 mil pedidos. No setor imobiliário, as vendas de casas usadas caíram 0,2% em agosto, chegando a uma taxa anual de 4 milhões de unidades — ligeiramente abaixo do resultado de julho, que foi de 4,01 milhões. Apesar da queda, o total superou a previsão dos analistas, que estimavam 3,96 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,8%. A queda observada em agosto reflete a dificuldade dos compradores diante dos preços ainda altos dos imóveis e das taxas de financiamento, que continuam elevadas, mesmo após cortes recentes nos custos. Outro dado acompanhado com atenção foi o dos pedidos de bens de capital — uma forma de medir os investimentos das empresas. Em agosto, houve alta de 0,6%, após uma revisão para baixo do crescimento de julho, que passou de 0,8%. A previsão era de uma queda de 0,1%. Parte desse aumento, porém, pode estar relacionada ao encarecimento dos produtos, já que as tarifas sobre importações elevaram os custos para a indústria. Falas de membros do Fed Ao longo desta quinta-feira, declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também ficaram no radar dos investidores. O presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, avaliou que o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, decidido na semana passada, foi uma medida necessária para preservar a força do mercado de trabalho. Ele destacou que, embora a economia esteja em boa posição em relação às metas de inflação e emprego, "alguns dados recentes sugerem um risco crescente de que o mercado de trabalho possa se enfraquecer de forma mais substancial ou abrupta do que eu estava prevendo". Já Stephen Miran, diretor do Fed indicado por Donald Trump, fez críticas mais incisivas à atual política monetária. Em entrevista à “Fox Business”, ele afirmou que os juros elevados tornam a economia americana mais vulnerável a choques negativos. "Quando a política monetária está nessa postura restritiva, a economia se torna mais vulnerável a choques negativos", disse Miran. Para ele, o banco central deveria reduzir as taxas em dois pontos percentuais, por meio de cortes de meio ponto cada. Miran também questionou o argumento de que as tarifas comerciais estariam pressionando os preços, ponto que, segundo ele, ainda segura a posição mais cautelosa de parte dos membros do Fed. Bolsas globais Os índices em Wall Street começaram o dia em queda, influenciados por novos dados sobre a economia e por declarações de uma autoridade do banco central dos EUA. Esses fatores diminuíram o otimismo dos investidores em relação à possibilidade de cortes nos juros, o que costuma ser visto como positivo para a atividade econômica. Na abertura, o Dow Jones teve leve baixa de 0,05%, ficando em 46.097 pontos. O S&P 500 caiu 0,45%, para 6.608 pontos, e o Nasdaq recuou 0,80%, atingindo 22.318 pontos. As bolsas europeias também operam em queda nesta quinta-feira. O movimento foi puxado pela desvalorização de empresas do setor médico, após os EUA anunciarem novas investigações sobre importações. Os principais índices registram perdas: o STOXX 600 recua 0,45%; o DAX, da Alemanha, cai 0,58%; o FTSE 100, do Reino Unido, perde 0,27%; o CAC 40, da França, tem baixa de 0,38%; e o FTSE MIB, da Itália, recua 0,20% Na Ásia, os mercados tiveram resultados mistos. Na China, as ações subiram, impulsionadas por empresas de inteligência artificial e tecnologia de chips. Já em outras partes da região, o movimento foi mais contido ou negativo. No fechamento, o índice CSI300, que reúne grandes empresas da China, subiu 0,60%, enquanto o índice de Xangai teve leve queda de 0,01%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,13%. Em Tóquio, o Nikkei avançou 0,27%. Outros mercados asiáticos tiveram variações menores: Seul (-0,03%), Taiwan (-0,66%), Cingapura (-0,39%) e Sydney (+0,10%). Dólar freepik
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