Dólar e Ibovespa operam em alta, de olho em ata do Copom e às vésperas do tarifaço
Tarifaço do Trump ao Brasil começa a valer na quarta-feira O dólar opera em alta de 0,07% nesta terça-feira (5), cotado a R$ 5,5104 às 12h40. Investidores avaliam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve as taxas básicas de juros inalteradas em 15% ao ano, na semana passada. Já a bolsa inverteu o sinal e avançava 0,24% no mesmo horário, aos 133.288 pontos. Às vésperas do prazo para as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrarem em vigor, investidores também monitoram o noticiário sobre o tema. A expectativa é que o governo brasileiro consiga mais alguma negociação com o republicano nos próximos dias. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Um dos destaques da sessão fica com a ata da última reunião do Copom. No documento, o Banco Central (BC) afirmou que o tarifaço de Trump tem "impactos setoriais relevantes" e que deve preservar uma "postura de cautela" diante das incertezas do cenário internacional. (Entenda mais abaixo) ▶️ Além disso, com o início do tarifaço contra o Brasil previsto para quarta-feira (6), investidores também seguem na expectativa por negociações entre o governo brasileiro e o americano e monitoram os possíveis efeitos da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na relação entre os dois países. Como prisão de Bolsonaro pode impactar acenos de Lula e Trump sobre tarifaço ▶️ Por fim, o mercado aguarda dados econômicos no Brasil e no exterior e acompanha balanços corporativos. Nesta terça-feira, as atenções ficam voltadas para novos indicadores de atividade no Brasil e nos EUA. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,69%; Acumulado do mês: -1,69%; Acumulado do ano: -10,90%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,40%; Acumulado do mês: -0,08%; Acumulado do ano: +10,55%. Copom e agenda econômica Um dos destaques da sessão de hoje, a ata do Copom trouxe novas sinalizações sobre os possíveis efeitos do tarifaço de Trump na economia e nos preços brasileiros. No documento, o colegiado destacou que as tarifas impostas pelos EUA podem ter "impactos setoriais relevantes e incertos", que ainda dependem dos desdobramentos da negociação do Brasil com os norte-americanos. Diante desse cenário, o Comitê destacou que continua a acompanhar com atenção os possíveis reflexos das tarifas na economia brasileira e sobre os ativos financeiros. "A avaliação predominante no Comitê é que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela", afirmou o colegiado na ata. Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o tarifaço pode impactar cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para o mercado norte-americano. Essas empresas empregam, juntas, aproximadamente 3,2 milhões de pessoas no Brasil. Os setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos estão calculando os prejuízos e, ao mesmo tempo, já se movimentam para atenuar esse impacto com pedidos ao governo federal. Ainda entre os indicadores, a atividade do setor de serviços dos EUA ficou inesperadamente estagnada em julho, com pouca mudança nas encomendas e enfraquecimento do emprego. Já no Brasil, o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços registrou a maior queda em mais de quatro anos, segundo divulgado pela S&P Global. À espera do tarifaço Às vésperas do início do tarifaço no Brasil, investidores ficam de olho nas tentativas de aproximação do governo brasileiro com os EUA e monitoram quais os possíveis feitos da prisão de Jair Bolsonaro (PL) nas negociações. A prisão domiciliar do ex-presidente foi decretada na noite de ontem, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão veio após Bolsonaro ter descumprido medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Em um momento delicado de negociação entre o Brasil e os EUA, no entanto, a decisão de Moraes traz dúvidas ao mercado sobre eventuais retaliações de Trump contra o país. O republicano defendeu Bolsonaro mais de uma vez nos últimos meses, reiterando que o julgamento do ex-presidente era uma "caça às bruxas" e confirmando que isso era um dos motivos para o Brasil ser o país mais taxado. A ordem executiva que decretou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, e colocou o prazo de amanhã (6) para o início da cobrança das novas taxas. De acordo com a Casa Branca, a tarifa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Nesta segunda-feira, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço. “O conselho de ministros da Ca

Tarifaço do Trump ao Brasil começa a valer na quarta-feira O dólar opera em alta de 0,07% nesta terça-feira (5), cotado a R$ 5,5104 às 12h40. Investidores avaliam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve as taxas básicas de juros inalteradas em 15% ao ano, na semana passada. Já a bolsa inverteu o sinal e avançava 0,24% no mesmo horário, aos 133.288 pontos. Às vésperas do prazo para as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrarem em vigor, investidores também monitoram o noticiário sobre o tema. A expectativa é que o governo brasileiro consiga mais alguma negociação com o republicano nos próximos dias. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Um dos destaques da sessão fica com a ata da última reunião do Copom. No documento, o Banco Central (BC) afirmou que o tarifaço de Trump tem "impactos setoriais relevantes" e que deve preservar uma "postura de cautela" diante das incertezas do cenário internacional. (Entenda mais abaixo) ▶️ Além disso, com o início do tarifaço contra o Brasil previsto para quarta-feira (6), investidores também seguem na expectativa por negociações entre o governo brasileiro e o americano e monitoram os possíveis efeitos da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na relação entre os dois países. Como prisão de Bolsonaro pode impactar acenos de Lula e Trump sobre tarifaço ▶️ Por fim, o mercado aguarda dados econômicos no Brasil e no exterior e acompanha balanços corporativos. Nesta terça-feira, as atenções ficam voltadas para novos indicadores de atividade no Brasil e nos EUA. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,69%; Acumulado do mês: -1,69%; Acumulado do ano: -10,90%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,40%; Acumulado do mês: -0,08%; Acumulado do ano: +10,55%. Copom e agenda econômica Um dos destaques da sessão de hoje, a ata do Copom trouxe novas sinalizações sobre os possíveis efeitos do tarifaço de Trump na economia e nos preços brasileiros. No documento, o colegiado destacou que as tarifas impostas pelos EUA podem ter "impactos setoriais relevantes e incertos", que ainda dependem dos desdobramentos da negociação do Brasil com os norte-americanos. Diante desse cenário, o Comitê destacou que continua a acompanhar com atenção os possíveis reflexos das tarifas na economia brasileira e sobre os ativos financeiros. "A avaliação predominante no Comitê é que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela", afirmou o colegiado na ata. Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o tarifaço pode impactar cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para o mercado norte-americano. Essas empresas empregam, juntas, aproximadamente 3,2 milhões de pessoas no Brasil. Os setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos estão calculando os prejuízos e, ao mesmo tempo, já se movimentam para atenuar esse impacto com pedidos ao governo federal. Ainda entre os indicadores, a atividade do setor de serviços dos EUA ficou inesperadamente estagnada em julho, com pouca mudança nas encomendas e enfraquecimento do emprego. Já no Brasil, o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços registrou a maior queda em mais de quatro anos, segundo divulgado pela S&P Global. À espera do tarifaço Às vésperas do início do tarifaço no Brasil, investidores ficam de olho nas tentativas de aproximação do governo brasileiro com os EUA e monitoram quais os possíveis feitos da prisão de Jair Bolsonaro (PL) nas negociações. A prisão domiciliar do ex-presidente foi decretada na noite de ontem, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão veio após Bolsonaro ter descumprido medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Em um momento delicado de negociação entre o Brasil e os EUA, no entanto, a decisão de Moraes traz dúvidas ao mercado sobre eventuais retaliações de Trump contra o país. O republicano defendeu Bolsonaro mais de uma vez nos últimos meses, reiterando que o julgamento do ex-presidente era uma "caça às bruxas" e confirmando que isso era um dos motivos para o Brasil ser o país mais taxado. A ordem executiva que decretou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, e colocou o prazo de amanhã (6) para o início da cobrança das novas taxas. De acordo com a Casa Branca, a tarifa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Nesta segunda-feira, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço. “O conselho de ministros da Camex aprovou o Brasil entrar com a consulta na OMC. Então está aprovado pelo Conselho de Ministros da Camex, e agora o presidente Lula vai decidir como fazê-lo e quando fazê-lo”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin. A consulta à OMC é o primeiro passo no processo formal de contestação de medidas comerciais. Caso não haja entendimento na fase inicial, o Brasil poderá pedir a instalação de um painel de arbitragem no órgão. Notas de dólar. Murad Sezer/ Reuters
Qual é a sua reação?