Dólar inicia o dia em alta com atenção voltada a indicadores do Brasil e dos EUA

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar inicia a sessão desta segunda-feira (17) em alta. Por volta das 9h05, a moeda americana avançava 0,13%, sendo negociada a R$ 5,3044. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Após semanas de paralisação do governo, os mercados voltam a acompanhar dados importantes nos Estados Unidos, considerados decisivos para calibrar expectativas sobre os juros americanos. No Brasil, os investidores acompanham a divulgação do IBC-Br, que serve como prévia do PIB, e do boletim Focus. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, a retomada das divulgações ocorre depois do fim da paralisação de 43 dias do governo, a mais longa da história, que havia interrompido relatórios importantes como emprego e inflação. Hoje, os investidores aguardam os primeiros números oficiais. ▶️ Às 11h, está prevista a divulgação dos gastos com construção referentes a agosto, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que devem movimentar o mercado diante das incertezas sobre os próximos passos da política monetária. ▶️ No Brasil, a semana será mais curta por causa do feriado de 20 de novembro, e a expectativa gira em torno da possibilidade de um acordo comercial com os EUA, após anúncio de redução de tarifas sobre produtos como carne bovina e café. ▶️ Entre os destaques desta segunda-feira, estão a divulgação do IBC-Br, indicador que funciona como prévia do PIB, e do boletim Focus. O IBC-Br mostrou queda de 0,9% no terceiro trimestre, enquanto o Focus trouxe, pela primeira vez no ano, projeção de cumprimento da meta de inflação para 2025. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. ????Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: -1,54%; Acumulado do ano: -14,29%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,48%; Acumulado do ano: +31,14%. Agenda econômica Boletim Focus Pela primeira vez no ano, o mercado financeiro projeta que a meta de inflação para 2025 será cumprida. A estimativa caiu de 4,55% para 4,46%, ficando abaixo do teto definido pelo governo. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, com base em pesquisa feita na última semana com mais de 100 instituições financeiras. ➡️ A revisão ocorreu após a divulgação do IPCA de outubro, que registrou alta de 0,09%, a menor para o mês em 27 anos. Economistas esperavam um índice maior, de 0,26%. Veja as projeções de inflação para os próximos anos: 2026: 4,20% 2027: 3,80% 2028: 3,50% A expectativa para o crescimento do PIB em 2025 segue em 2,16%, e para 2026, em 1,78%. Economistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros: 2025: 15% ao ano (nível atual) 2026: 12,25% ao ano Quanto ao dólar, a estimativa para o fim de 2025 recuou de R$ 5,41 para R$ 5,40. Para 2026, permanece em R$ 5,50. Prévia do PIB Seguindo na agenda de divulgações do BC, a instituições divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 0,9% no terceiro trimestre deste ano. O cálculo foi feito após ajuste sazonal, que permite comparar períodos diferentes, e considera a variação em relação ao segundo trimestre de 2025. Esse é o primeiro recuo trimestral do indicador em dois anos. A última queda havia ocorrido no terceiro trimestre de 2023, quando o índice caiu 0,5%. ▶️ A redução na atividade econômica faz parte da estratégia do Banco Central para conter pressões inflacionárias e aproximar as projeções da meta de 3% ao ano. O principal instrumento para isso é a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano — o maior nível em quase duas décadas. ▶️ Na ata da última reunião do Copom, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo, indicando que a economia ainda opera acima do seu potencial sem gerar pressão adicional sobre os preços. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados operavam com a cautela antes da divulgação dos dados econômicos represados, depois que o presidente Donald Trump assinou um projeto de lei que pôs fim à mais longa paralisação do governo na história do país. Esses dados econômicos são importantes para orientar as decisões do Fed — embora alguns relatórios, como os de emprego e inflação, possam não ser divulgados. O Dow Jones caiu 0,65%, para 47.147,48 pontos, e o S&P 500 recuou 0,05%, para 6.734,11 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,13%, para 22.900,59 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda, também refletindo o impacto do fim da paralisação nos EUA e assimilando dados de produção industrial da União Europeia. O STOXX 600 recuou 0,61%, o CAC 40 (França) caiu 0,11%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,39% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve baixa de 1,05%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de novas energias na China e pela expectativa de dados econômicos importantes que serão divulgados na sexta-feira, como vendas no varejo e produção industrial. O índice de Xang

Nov 17, 2025 - 10:00
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Dólar inicia o dia em alta com atenção voltada a indicadores do Brasil e dos EUA
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar inicia a sessão desta segunda-feira (17) em alta. Por volta das 9h05, a moeda americana avançava 0,13%, sendo negociada a R$ 5,3044. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Após semanas de paralisação do governo, os mercados voltam a acompanhar dados importantes nos Estados Unidos, considerados decisivos para calibrar expectativas sobre os juros americanos. No Brasil, os investidores acompanham a divulgação do IBC-Br, que serve como prévia do PIB, e do boletim Focus. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, a retomada das divulgações ocorre depois do fim da paralisação de 43 dias do governo, a mais longa da história, que havia interrompido relatórios importantes como emprego e inflação. Hoje, os investidores aguardam os primeiros números oficiais. ▶️ Às 11h, está prevista a divulgação dos gastos com construção referentes a agosto, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que devem movimentar o mercado diante das incertezas sobre os próximos passos da política monetária. ▶️ No Brasil, a semana será mais curta por causa do feriado de 20 de novembro, e a expectativa gira em torno da possibilidade de um acordo comercial com os EUA, após anúncio de redução de tarifas sobre produtos como carne bovina e café. ▶️ Entre os destaques desta segunda-feira, estão a divulgação do IBC-Br, indicador que funciona como prévia do PIB, e do boletim Focus. O IBC-Br mostrou queda de 0,9% no terceiro trimestre, enquanto o Focus trouxe, pela primeira vez no ano, projeção de cumprimento da meta de inflação para 2025. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. ????Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: -1,54%; Acumulado do ano: -14,29%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,48%; Acumulado do ano: +31,14%. Agenda econômica Boletim Focus Pela primeira vez no ano, o mercado financeiro projeta que a meta de inflação para 2025 será cumprida. A estimativa caiu de 4,55% para 4,46%, ficando abaixo do teto definido pelo governo. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, com base em pesquisa feita na última semana com mais de 100 instituições financeiras. ➡️ A revisão ocorreu após a divulgação do IPCA de outubro, que registrou alta de 0,09%, a menor para o mês em 27 anos. Economistas esperavam um índice maior, de 0,26%. Veja as projeções de inflação para os próximos anos: 2026: 4,20% 2027: 3,80% 2028: 3,50% A expectativa para o crescimento do PIB em 2025 segue em 2,16%, e para 2026, em 1,78%. Economistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros: 2025: 15% ao ano (nível atual) 2026: 12,25% ao ano Quanto ao dólar, a estimativa para o fim de 2025 recuou de R$ 5,41 para R$ 5,40. Para 2026, permanece em R$ 5,50. Prévia do PIB Seguindo na agenda de divulgações do BC, a instituições divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 0,9% no terceiro trimestre deste ano. O cálculo foi feito após ajuste sazonal, que permite comparar períodos diferentes, e considera a variação em relação ao segundo trimestre de 2025. Esse é o primeiro recuo trimestral do indicador em dois anos. A última queda havia ocorrido no terceiro trimestre de 2023, quando o índice caiu 0,5%. ▶️ A redução na atividade econômica faz parte da estratégia do Banco Central para conter pressões inflacionárias e aproximar as projeções da meta de 3% ao ano. O principal instrumento para isso é a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano — o maior nível em quase duas décadas. ▶️ Na ata da última reunião do Copom, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo, indicando que a economia ainda opera acima do seu potencial sem gerar pressão adicional sobre os preços. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados operavam com a cautela antes da divulgação dos dados econômicos represados, depois que o presidente Donald Trump assinou um projeto de lei que pôs fim à mais longa paralisação do governo na história do país. Esses dados econômicos são importantes para orientar as decisões do Fed — embora alguns relatórios, como os de emprego e inflação, possam não ser divulgados. O Dow Jones caiu 0,65%, para 47.147,48 pontos, e o S&P 500 recuou 0,05%, para 6.734,11 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,13%, para 22.900,59 pontos. As bolsas europeias fecharam em queda, também refletindo o impacto do fim da paralisação nos EUA e assimilando dados de produção industrial da União Europeia. O STOXX 600 recuou 0,61%, o CAC 40 (França) caiu 0,11%, enquanto o DAX (Alemanha) perdeu 1,39% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve baixa de 1,05%. Por fim, os mercados asiáticos fecharam em alta, impulsionados pelo setor de novas energias na China e pela expectativa de dados econômicos importantes que serão divulgados na sexta-feira, como vendas no varejo e produção industrial. O índice de Xangai atingiu seu maior nível desde 2015, enquanto Hong Kong alcançou a maior alta em um mês. No fechamento, Xangai subiu 0,73%, a 4.029 pontos, e o CSI300 avançou 1,21%, a 4.702 pontos. Hong Kong ganhou 0,56%, a 27.073 pontos, e Tóquio teve alta de 0,43%, a 51.281 pontos. Seul subiu 0,49%, Taiwan caiu 0,16% e Cingapura avançou 0,15%. *Com informações da agência de notícias Reuters. Notas de dólar. Dado Ruvic/ Reuters

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