Dólar opera em alta com expectativa de encontro entre Lula e Trump; bolsa recua

Lula embarca para Ásia, onde pode se reunir com Trump O dólar opera nesta terça-feira (21) com alta de 0,27%, cotado a R$ 5,3851 por volta das 15h45. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,20%, aos 144.224 pontos. Os investidores estão atentos à expectativa de um encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de discursos de dirigentes de bancos centrais. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nesta terça, o presidente da República embarca para uma viagem à Indonésia e à Malásia, onde vai participar da reunião da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há a expectativa de que Lula e Donald Trump, tenham um encontro reservado durante a cúpula. ▶️ Em dia de agenda esvaziada de indicadores, o mercado estará atento ao exterior e às movimentações em Brasília, onde o governo busca uma solução para o Orçamento após o Congresso ter arquivado no início do mês a medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras. ▶️ Ainda no cenário local, o mercado repercute o pedido de recuperação judicial da Ambipar, empresa de gestão de resíduos, e o relatório de produção da Vale, a ser divulgado após o fechamento. ▶️ Nos índices econômicos, o destaque fica para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o indicador registrou variação negativa de 0,38% na segunda prévia de outubro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,63%; Acumulado do mês: +0,91%; Acumulado do ano: -13,09%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,77%; Acumulado do mês: -1,18%; Acumulado do ano: +20,14%. Encontro Lula-Trump O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta terça-feira (21) para Indonésia e Malásia, onde participará da cúpula da ASEAN. Há expectativa de um encontro reservado com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Malásia — o primeiro presencial entre os dois desde a crise das tarifas americanas sobre produtos brasileiros. A equipe de Lula afirma que a reunião depende apenas do alinhamento de agendas. O Planalto vê o encontro como um passo importante para “reorganizar a relação” entre os países, após meses de tensão, incluindo tarifas de 50% aplicadas por Trump em agosto. O presidente brasileiro já teve conversas prévias com Trump, incluindo um telefonema e um rápido encontro na ONU. Caso a reunião aconteça, deverão ser discutidos a revogação das tarifas, medidas restritivas contra autoridades brasileiras e a postura dos EUA em relação à Venezuela e à Colômbia. A crise da Ambipar A Ambipar entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, devido à falta de caixa e ao risco de ter que quitar rapidamente dívidas bilionárias. O pedido inclui outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações, e nos EUA a Ambipar Emergency Response acionou o Capítulo 11, equivalente à recuperação judicial americana. A medida foi tomada após suspeitas de irregularidades em operações financeiras (swaps) realizadas pela antiga diretoria, que vieram à tona com a saída do ex-diretor financeiro João de Arruda. O episódio abalou a confiança do mercado e levou credores a exigir pagamentos antecipados, agravando a situação, que se refletiu na queda das ações da empresa. A crise também afetou Certificados de Operações Estruturadas (COEs), acionando cláusulas de vencimento antecipado e aumentando a incerteza entre investidores. A decisão ocorre pouco tempo após a Ambipar conseguir uma liminar que suspendia temporariamente cobranças do Deutsche Bank, relacionadas a um complemento de US$ 35 milhões que poderia antecipar dívidas de até R$ 10 bilhões. Bolsas globais Nesta terça, Wall Street tem desempenho misto, com investidores atentos à temporada de balanços. Dow Jones subiu 0,05%, S&P 500 avançou 0,06% e Nasdaq caiu 0,07%. A montadora GM e Coca-Cola se destacaram com alta, enquanto Philip Morris e Northrop Grumman registraram quedas. Analistas alertam que lucros sólidos precisam ser acompanhados de previsões confiáveis para sustentar o mercado. Já as bolsas europeias encerraram o pregão em leve alta, impulsionadas pelas ações de defesa, após novo encontro tenso entre Trump e Zelensky. O setor de defesa, que havia sido pressionado na sessão anterior, liderou os ganhos, enquanto o setor industrial também teve desempenho positivo. A bolsa francesa se destacou, encerrando em nível recorde, impulsionada por empresas como Edenred, LVMH e Hermès. No fechamento, o índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,21%. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,25%, enquanto em Frankfurt o DAX teve alta de 0,29%. O CAC 40, em Paris, registrou ganho de 0,64%, e o FTSE MIB, em Milão, valorizou-se 0,60%. Em Madri, o IBEX 35 recuou 0,39%, e em Lisboa, o PSI20 teve queda de 0,64%. Na Ásia, as ações fecharam nesta terça-feira a maior

Out 21, 2025 - 17:00
 0  6
Dólar opera em alta com expectativa de encontro entre Lula e Trump; bolsa recua

Lula embarca para Ásia, onde pode se reunir com Trump O dólar opera nesta terça-feira (21) com alta de 0,27%, cotado a R$ 5,3851 por volta das 15h45. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caía 0,20%, aos 144.224 pontos. Os investidores estão atentos à expectativa de um encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de discursos de dirigentes de bancos centrais. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nesta terça, o presidente da República embarca para uma viagem à Indonésia e à Malásia, onde vai participar da reunião da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há a expectativa de que Lula e Donald Trump, tenham um encontro reservado durante a cúpula. ▶️ Em dia de agenda esvaziada de indicadores, o mercado estará atento ao exterior e às movimentações em Brasília, onde o governo busca uma solução para o Orçamento após o Congresso ter arquivado no início do mês a medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras. ▶️ Ainda no cenário local, o mercado repercute o pedido de recuperação judicial da Ambipar, empresa de gestão de resíduos, e o relatório de produção da Vale, a ser divulgado após o fechamento. ▶️ Nos índices econômicos, o destaque fica para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o indicador registrou variação negativa de 0,38% na segunda prévia de outubro. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,63%; Acumulado do mês: +0,91%; Acumulado do ano: -13,09%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,77%; Acumulado do mês: -1,18%; Acumulado do ano: +20,14%. Encontro Lula-Trump O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta terça-feira (21) para Indonésia e Malásia, onde participará da cúpula da ASEAN. Há expectativa de um encontro reservado com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Malásia — o primeiro presencial entre os dois desde a crise das tarifas americanas sobre produtos brasileiros. A equipe de Lula afirma que a reunião depende apenas do alinhamento de agendas. O Planalto vê o encontro como um passo importante para “reorganizar a relação” entre os países, após meses de tensão, incluindo tarifas de 50% aplicadas por Trump em agosto. O presidente brasileiro já teve conversas prévias com Trump, incluindo um telefonema e um rápido encontro na ONU. Caso a reunião aconteça, deverão ser discutidos a revogação das tarifas, medidas restritivas contra autoridades brasileiras e a postura dos EUA em relação à Venezuela e à Colômbia. A crise da Ambipar A Ambipar entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, devido à falta de caixa e ao risco de ter que quitar rapidamente dívidas bilionárias. O pedido inclui outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações, e nos EUA a Ambipar Emergency Response acionou o Capítulo 11, equivalente à recuperação judicial americana. A medida foi tomada após suspeitas de irregularidades em operações financeiras (swaps) realizadas pela antiga diretoria, que vieram à tona com a saída do ex-diretor financeiro João de Arruda. O episódio abalou a confiança do mercado e levou credores a exigir pagamentos antecipados, agravando a situação, que se refletiu na queda das ações da empresa. A crise também afetou Certificados de Operações Estruturadas (COEs), acionando cláusulas de vencimento antecipado e aumentando a incerteza entre investidores. A decisão ocorre pouco tempo após a Ambipar conseguir uma liminar que suspendia temporariamente cobranças do Deutsche Bank, relacionadas a um complemento de US$ 35 milhões que poderia antecipar dívidas de até R$ 10 bilhões. Bolsas globais Nesta terça, Wall Street tem desempenho misto, com investidores atentos à temporada de balanços. Dow Jones subiu 0,05%, S&P 500 avançou 0,06% e Nasdaq caiu 0,07%. A montadora GM e Coca-Cola se destacaram com alta, enquanto Philip Morris e Northrop Grumman registraram quedas. Analistas alertam que lucros sólidos precisam ser acompanhados de previsões confiáveis para sustentar o mercado. Já as bolsas europeias encerraram o pregão em leve alta, impulsionadas pelas ações de defesa, após novo encontro tenso entre Trump e Zelensky. O setor de defesa, que havia sido pressionado na sessão anterior, liderou os ganhos, enquanto o setor industrial também teve desempenho positivo. A bolsa francesa se destacou, encerrando em nível recorde, impulsionada por empresas como Edenred, LVMH e Hermès. No fechamento, o índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,21%. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,25%, enquanto em Frankfurt o DAX teve alta de 0,29%. O CAC 40, em Paris, registrou ganho de 0,64%, e o FTSE MIB, em Milão, valorizou-se 0,60%. Em Madri, o IBEX 35 recuou 0,39%, e em Lisboa, o PSI20 teve queda de 0,64%. Na Ásia, as ações fecharam nesta terça-feira a maior alta em seis semanas, impulsionadas por sinais de abrandamento das tensões comerciais com os Estados Unidos e balanços corporativos positivos. O índice de Xangai fechou em alta de 1,36%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias de Xangai e Shenzhen, subiu 1,53%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,65%. Em Tóquio, o Nikkei valorizou 0,27%, e Seul, 0,24%. No Japão, o iene desvalorizou após a eleição da conservadora Sanae Takaichi para ser a nova primeira-ministra, o que a tornou a primeira mulher a ocupar o cargo na história do país. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo *Com informações da agência de notícias Reuters.

Qual é a sua reação?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow