Dólar opera em queda e vai a R$ 5,46, com entrada em vigor do tarifaço e balança comercial em foco; bolsa sobe

Tarifaço de Trump: taxas de 50% contra o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira O dólar opera em queda de 0,56% nesta quarta-feira (6), cotado a R$ 5,4754 perto das 13h10. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4608. O foco estava com a entrada em vigor do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, tinha alta de 1,34% no mesmo horário, aos 134.941 pontos. ▶️ O principal destaque da sessão fica com as tarifa de 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil. A taxa entra em vigor hoje, mas ainda há expectativa de que o governo brasileiro consiga algum avanço nas negociações com o republicano. O receio de eventuais medidas retaliatórias dos EUA após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também segue no radar. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Com o tarifaço no radar, outro destaque da sessão fica com a divulgação da balança comercial brasileira de julho, prevista para hoje. A expectativa é que o resultado apresente um superávit (um número de exportações maior do que o de importações) de R$ 6 bilhões. Investidores também devem avaliar se os efeitos do tarifaço já começam a aparecer na relação comercial do país com os EUA. ▶️ Por fim, o mercado segue à espera de novos dados econômicos no Brasil e no exterior nesta semana, além de acompanhar a divulgação de balanços corporativos. Na agenda, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também ficam sob os holofotes. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,69%; Acumulado do mês: -1,69%; Acumulado do ano: -10,90%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,54%; Acumulado do mês: +0,06%; Acumulado do ano: +10,70%. O tarifaço chegou O tarifaço chegou no Brasil nesta quarta-feira (6), ainda sem nenhum avanço nas negociações do governo brasileiro com os Estados Unidos. Investidores ainda monitoram quais os possíveis feitos da prisão de Jair Bolsonaro (PL) nas negociações. A prisão domiciliar do ex-presidente foi decretada na noite de ontem, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão veio após Bolsonaro ter descumprido medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Em um momento delicado de negociação entre o Brasil e os EUA, no entanto, a decisão de Moraes traz dúvidas ao mercado sobre eventuais retaliações de Trump contra o país. O republicano defendeu Bolsonaro mais de uma vez nos últimos meses, reiterando que o julgamento do ex-presidente era uma "caça às bruxas" e confirmando que isso era um dos motivos para o Brasil ser o país mais taxado. A ordem executiva que decretou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada. De acordo com a Casa Branca, a tarifa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Nesta segunda-feira, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço. “O conselho de ministros da Camex aprovou o Brasil entrar com a consulta na OMC. Então está aprovado pelo Conselho de Ministros da Camex, e agora o presidente Lula vai decidir como fazê-lo e quando fazê-lo”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin. A consulta à OMC é o primeiro passo no processo formal de contestação de medidas comerciais. Caso não haja entendimento na fase inicial, o Brasil poderá pedir a instalação de um painel de arbitragem no órgão. Agenda econômica Na agenda econômica, um dos destaques da sessão fica com a divulgação da balança comercial brasileira. A expectativa é que o resultado do comércio exterior brasileiro seja positivo para o país, com mais exportações do que importações — mas as atenções devem ficar voltadas para os possíveis efeitos do tarifaço nos números. Além disso, uma série de balanços corporativos e dados econômicos internacionais também ficam no radar, bem como eventuais novas falas de dirigentes do Fed sobre o futuro dos juros nos EUA. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik

Ago 6, 2025 - 14:00
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Dólar opera em queda e vai a R$ 5,46, com entrada em vigor do tarifaço e balança comercial em foco; bolsa sobe

Tarifaço de Trump: taxas de 50% contra o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira O dólar opera em queda de 0,56% nesta quarta-feira (6), cotado a R$ 5,4754 perto das 13h10. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4608. O foco estava com a entrada em vigor do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, tinha alta de 1,34% no mesmo horário, aos 134.941 pontos. ▶️ O principal destaque da sessão fica com as tarifa de 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil. A taxa entra em vigor hoje, mas ainda há expectativa de que o governo brasileiro consiga algum avanço nas negociações com o republicano. O receio de eventuais medidas retaliatórias dos EUA após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também segue no radar. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Com o tarifaço no radar, outro destaque da sessão fica com a divulgação da balança comercial brasileira de julho, prevista para hoje. A expectativa é que o resultado apresente um superávit (um número de exportações maior do que o de importações) de R$ 6 bilhões. Investidores também devem avaliar se os efeitos do tarifaço já começam a aparecer na relação comercial do país com os EUA. ▶️ Por fim, o mercado segue à espera de novos dados econômicos no Brasil e no exterior nesta semana, além de acompanhar a divulgação de balanços corporativos. Na agenda, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também ficam sob os holofotes. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,69%; Acumulado do mês: -1,69%; Acumulado do ano: -10,90%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,54%; Acumulado do mês: +0,06%; Acumulado do ano: +10,70%. O tarifaço chegou O tarifaço chegou no Brasil nesta quarta-feira (6), ainda sem nenhum avanço nas negociações do governo brasileiro com os Estados Unidos. Investidores ainda monitoram quais os possíveis feitos da prisão de Jair Bolsonaro (PL) nas negociações. A prisão domiciliar do ex-presidente foi decretada na noite de ontem, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão veio após Bolsonaro ter descumprido medidas cautelares, como a proibição de uso das redes sociais — inclusive por meio de terceiros. Em um momento delicado de negociação entre o Brasil e os EUA, no entanto, a decisão de Moraes traz dúvidas ao mercado sobre eventuais retaliações de Trump contra o país. O republicano defendeu Bolsonaro mais de uma vez nos últimos meses, reiterando que o julgamento do ex-presidente era uma "caça às bruxas" e confirmando que isso era um dos motivos para o Brasil ser o país mais taxado. A ordem executiva que decretou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada. De acordo com a Casa Branca, a tarifa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Nesta segunda-feira, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço. “O conselho de ministros da Camex aprovou o Brasil entrar com a consulta na OMC. Então está aprovado pelo Conselho de Ministros da Camex, e agora o presidente Lula vai decidir como fazê-lo e quando fazê-lo”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin. A consulta à OMC é o primeiro passo no processo formal de contestação de medidas comerciais. Caso não haja entendimento na fase inicial, o Brasil poderá pedir a instalação de um painel de arbitragem no órgão. Agenda econômica Na agenda econômica, um dos destaques da sessão fica com a divulgação da balança comercial brasileira. A expectativa é que o resultado do comércio exterior brasileiro seja positivo para o país, com mais exportações do que importações — mas as atenções devem ficar voltadas para os possíveis efeitos do tarifaço nos números. Além disso, uma série de balanços corporativos e dados econômicos internacionais também ficam no radar, bem como eventuais novas falas de dirigentes do Fed sobre o futuro dos juros nos EUA. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik

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