Dólar oscila nesta quarta-feira, com foco em acordo entre EUA e Japão e negociações do Brasil; bolsa sobe

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo O dólar opera com volatilidade nesta quarta-feira (23). A moeda caía 0,03%, cotada a R$ 5,5652 perto das 11h20. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, tinha alta de 0,58% no mesmo horário, aos 134.817 pontos. Investidores avaliam o acordo anunciado na véspera entre os Estados Unidos e o Japão, e seguem atentos aos sinais do governo sobre as negociações do Brasil com o presidente norte-americano, Donald Trump. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Enquanto ainda não há sinais de progresso nas negociações entre o Brasil e os EUA, investidores continuam a repercutir os acordos anunciados por Trump com outros países no exterior. Na véspera, o republicano anunciou um novo acordo comercial com o Japão, afirmando que foi o "maior da história". O tratado estabelece uma tarifa de 15% sobre os produtos japoneses e a abertura dos mercados aos EUA pelo país asiático. Trump também firmou um acordo com as Filipinas, que prevê uma tarifa de importação reduzida, de 10%, enquanto os itens americanos não serão taxados. Já por aqui, o vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a realizar uma bateria de reuniões com o setor produtivo, para discutir uma resposta à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump. ▶️O acordo entre os Estados Unidos e o Japão também deu fôlego para as bolsas asiáticas, que fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira. O destaque ficou com o Nikkei, em Tóquio, que encerrou com um avanço de 3,5% e atingiu o maior patamar desde julho de 2024. O índice japonês foi principalmente impulsionado por ações do setor automotivo, com destaque para os papéis da Toyota, que dispararam mais de 14% por lá. ▶️ Outro destaque segue com o anúncio de liberação de R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025 pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, na véspera. O governo fez uma nova estimativa das receitas e despesas para este ano e considerou seguro liberar os recursos que estavam congelados desde maio. ▶️ No noticiário corporativo, a temporada de balanços corporativos continuam a mexer com os negócios. A notícia divulgada na véspera, de que a Totvs fechou a aquisição da produtora de software Linx, controlada pela StoneCo, por R$ 3,05 bilhões, também continua no radar, assim como novos dados econômicos dos Estados Unidos. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,37%; Acumulado do mês: +2,46%; Acumulado do ano: -9,92%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,49%; Acumulado do mês: -3,47%; Acumulado do ano: +11,43%. Negociações do tarifaço Mesmo com a aproximação do prazo final de 1º de agosto, poucos países conseguiram firmar acordos comerciais com os EUA. Na terça-feira, Trump anunciou tratados dos EUA com o Japão e com as Filipinas, mas vários outros países ainda seguem em negociação. No caso do Japão, Trump classificou o acordo como "gigantesco", afirmando que será muito positivo para ambos os países. O acordo estabelece que o Japão abra seus mercados para os EUA e pague uma tarifa de 15% sobre os produtos exportados aos norte-americanos. Já com as Filipinas, o novo acordo estabelece uma taxa de 19% — uma redução ante os 20% anunciados por Trump anteriormente —, enquanto os EUA não pagarão tarifas. "Além disso, trabalharemos juntos no âmbito militar. Foi uma grande honra estar com o Presidente. Ele é altamente respeitado em seu país, como deveria ser. Ele também é um negociador muito bom e rigoroso", disse Trump em publicação no Truth Social. O avanço das negociações dos EUA com outros países também joga luz para a situação brasileira, que ainda não apresentou grande progresso. Nesse cenário, investidores continuam na expectativa por novos sinais sobre como o governo deve lidar com os norte-americanos — seja com uma negociação ou com uma retaliação. Noticiário econômico e corporativo O noticiário econômico e corporativo também fica na mira dos investidores. Nesta quarta-feira, as atenções ficam voltadas para os balanços corporativos da Alphabet e da Tesla. Entre os indicadores, as vendas de moradias usadas nos EUA caíram 2,7% em junho, mais do que o esperado, sugerindo que as perdas no mercado imobiliário podem estar se aprofundando, já que as taxas hipotecárias mais altas e a incerteza econômica mantêm os compradores em potencial afastados. Fed ainda é assunto Os embates entre o governo Trump e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, também continuam a mexer com os mercados. Nesta quarta-feia, o republicano voltou a criticar Powell, em meio ao seu contínuo apelo por juros mais baixos no país. "Nossos juros deveriam estar três pontos mais baixos do que estão, economizando US$ 1 trilhão por ano (como país). Esse cara teimoso do Fed simplesmente não entende — nunca entendeu e nunca entenderá. A diretoria deveria a

Jul 23, 2025 - 12:00
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Dólar oscila nesta quarta-feira, com foco em acordo entre EUA e Japão e negociações do Brasil; bolsa sobe

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo O dólar opera com volatilidade nesta quarta-feira (23). A moeda caía 0,03%, cotada a R$ 5,5652 perto das 11h20. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, tinha alta de 0,58% no mesmo horário, aos 134.817 pontos. Investidores avaliam o acordo anunciado na véspera entre os Estados Unidos e o Japão, e seguem atentos aos sinais do governo sobre as negociações do Brasil com o presidente norte-americano, Donald Trump. ????Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Enquanto ainda não há sinais de progresso nas negociações entre o Brasil e os EUA, investidores continuam a repercutir os acordos anunciados por Trump com outros países no exterior. Na véspera, o republicano anunciou um novo acordo comercial com o Japão, afirmando que foi o "maior da história". O tratado estabelece uma tarifa de 15% sobre os produtos japoneses e a abertura dos mercados aos EUA pelo país asiático. Trump também firmou um acordo com as Filipinas, que prevê uma tarifa de importação reduzida, de 10%, enquanto os itens americanos não serão taxados. Já por aqui, o vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a realizar uma bateria de reuniões com o setor produtivo, para discutir uma resposta à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump. ▶️O acordo entre os Estados Unidos e o Japão também deu fôlego para as bolsas asiáticas, que fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira. O destaque ficou com o Nikkei, em Tóquio, que encerrou com um avanço de 3,5% e atingiu o maior patamar desde julho de 2024. O índice japonês foi principalmente impulsionado por ações do setor automotivo, com destaque para os papéis da Toyota, que dispararam mais de 14% por lá. ▶️ Outro destaque segue com o anúncio de liberação de R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025 pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, na véspera. O governo fez uma nova estimativa das receitas e despesas para este ano e considerou seguro liberar os recursos que estavam congelados desde maio. ▶️ No noticiário corporativo, a temporada de balanços corporativos continuam a mexer com os negócios. A notícia divulgada na véspera, de que a Totvs fechou a aquisição da produtora de software Linx, controlada pela StoneCo, por R$ 3,05 bilhões, também continua no radar, assim como novos dados econômicos dos Estados Unidos. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar a Acumulado da semana: -0,37%; Acumulado do mês: +2,46%; Acumulado do ano: -9,92%. ????Ibovespa Acumulado da semana: +0,49%; Acumulado do mês: -3,47%; Acumulado do ano: +11,43%. Negociações do tarifaço Mesmo com a aproximação do prazo final de 1º de agosto, poucos países conseguiram firmar acordos comerciais com os EUA. Na terça-feira, Trump anunciou tratados dos EUA com o Japão e com as Filipinas, mas vários outros países ainda seguem em negociação. No caso do Japão, Trump classificou o acordo como "gigantesco", afirmando que será muito positivo para ambos os países. O acordo estabelece que o Japão abra seus mercados para os EUA e pague uma tarifa de 15% sobre os produtos exportados aos norte-americanos. Já com as Filipinas, o novo acordo estabelece uma taxa de 19% — uma redução ante os 20% anunciados por Trump anteriormente —, enquanto os EUA não pagarão tarifas. "Além disso, trabalharemos juntos no âmbito militar. Foi uma grande honra estar com o Presidente. Ele é altamente respeitado em seu país, como deveria ser. Ele também é um negociador muito bom e rigoroso", disse Trump em publicação no Truth Social. O avanço das negociações dos EUA com outros países também joga luz para a situação brasileira, que ainda não apresentou grande progresso. Nesse cenário, investidores continuam na expectativa por novos sinais sobre como o governo deve lidar com os norte-americanos — seja com uma negociação ou com uma retaliação. Noticiário econômico e corporativo O noticiário econômico e corporativo também fica na mira dos investidores. Nesta quarta-feira, as atenções ficam voltadas para os balanços corporativos da Alphabet e da Tesla. Entre os indicadores, as vendas de moradias usadas nos EUA caíram 2,7% em junho, mais do que o esperado, sugerindo que as perdas no mercado imobiliário podem estar se aprofundando, já que as taxas hipotecárias mais altas e a incerteza econômica mantêm os compradores em potencial afastados. Fed ainda é assunto Os embates entre o governo Trump e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, também continuam a mexer com os mercados. Nesta quarta-feia, o republicano voltou a criticar Powell, em meio ao seu contínuo apelo por juros mais baixos no país. "Nossos juros deveriam estar três pontos mais baixos do que estão, economizando US$ 1 trilhão por ano (como país). Esse cara teimoso do Fed simplesmente não entende — nunca entendeu e nunca entenderá. A diretoria deveria agir, mas não tem coragem de fazer isso!", escreveu Trump em suas redes sociais. Já o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta quarta-feira que o governo Trump não está com pressa para nomear um novo presidente para o Fed, para substituir Powell. "Estamos iniciando o processo. Obviamente, a decisão será do presidente Trump, e não estamos com pressa", afirmou em entrevista à "Bloomberg TV". O mandato de Powell termina em maio de 2026, embora ele deva permanecer como diretor do Fed até janeiro de 2028. Descongelou Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta terça-feira (22) a liberação de R$ 20,6 bilhões no Orçamento de 2025. Para definir a necessidade de bloqueio ou liberação de recursos, o governo atualizou as estimativas de receitas e despesas previstas para este ano. A análise considerou ajustes no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), parcialmente confirmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além de diversas medidas — muitas delas implementadas por meio de medida provisória (MP) — como: Aumento da alíquota sobre apostas (bets); Tributação de fintechs (empresas de tecnologia em serviços financeiros); Limitação das compensações tributárias; Programa Pé-de-Meia no piso de investimentos em educação; Receita adicional de R$ 17,9 bilhões com a exploração de recursos naturais, como o pré-sal. Com a liberação anunciada, o bloqueio total no orçamento, que era de R$ 31,3 bilhões até maio, caiu para R$ 10,7 bilhões. ▶️ Para 2025, o governo projeta um déficit de R$ 74,9 bilhões nas contas públicas. No entanto, ao considerar o abatimento de precatórios (R$ 48,6 bilhões) e a margem de tolerância prevista no arcabouço fiscal (R$ 31 bilhões), a expectativa é de que a meta fiscal seja cumprida. ???? O detalhamento oficial sobre quais ministérios e políticas públicas serão beneficiados com a liberação de recursos será divulgado até o fim deste mês. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.

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