Dólar passa a cair e bate R$ 5,63, após Fed e à espera de Copom; Ibovespa sobe

No dia anterior, a moeda americana recuou 0,25% e fechou a R$ 5,6719, no menor patamar desde outubro. Já o principal índice da bolsa encerrou em alta de 0,49%, aos 131.475 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar inverteu o sinal e passou a operar em queda nesta quarta-feira (19), com as atenções dos investidores voltadas aos cenários de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Durante a tarde, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou a manutenção das taxas de juros dos Estados Unidos entre 4,25% e 4,50% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. Mais tarde, no começo da noite, é a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) apresentar o novo patamar da Selic, taxa básica de juros. A expectativa é de uma alta de 1 ponto percentual nos juros, levando-os a 14,25% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. O rumo dos juros nos dois países é observado com atenção porque podem ser determinantes para o controle da inflação e para os níveis da atividade econômica. Tanto no Brasil quanto nos EUA, o mercado já espera ver uma desaceleração da economia, à medida que os juros seguem em patamares elevados. No entanto, a proporção dos aumentos por aqui e o tempo em que as taxas seguirão altas lá fora podem levar a um desaquecimento mais forte. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar Às 16h30, o dólar caía 0,38%, cotado a R$ 5,6504. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6324. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,25%, cotada a R$ 5,6719. Com o resultado, acumulou: queda de 1,24% na semana; recuo de 4,13% no mês; e perda de 8,22% no ano. a ????Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,88%, aos 132.627 pontos. Na véspera, o índice teve alta de 0,49%, aos 131.475 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 1,96% na semana; avanço de 7,07% no mês; e ganho de 9,31% no ano. O que está mexendo com os mercados? As indicações de juros dos bancos centrais do Brasil e dos EUA são os principais destaques do pregão desta quarta-feira (19). ???? Os dados são monitorados de perto porque juros mais altos tornam o crédito mais caro, reduzindo o consumo e ajudando a controlar a inflação. Mas esse efeito demora alguns meses para ser sentido na economia. Em decisão divulgada durante a tarde, o Fed manteve as taxas básicas de juros norte-americanas inalteradas no patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de a decisão ter vindo em linha com as estimativas do mercado, os dirigentes do BC dos EUA indicaram que as incertezas em torno das expectativas econômicas aumentaram, e sinalizaram prever dois aumentos de juros ainda neste ano. Economistas e agentes do mercado têm feito uma série de alertas sobre os impactos das taxas aplicadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a outros países — em especial, contra os principais parceiros comerciais dos EUA. Algumas tarifas estão em vigor. Outras, suspensas. Leia mais sobre o assunto aqui. Essas taxas aumentam as preocupações sobre um eventual aumento da inflação nos EUA. Os preços já têm sentido a influência do mercado de trabalho ainda aquecido no país, e a leitura é que as diversas tarifas de importação sobre os parceiros comerciais dos EUA podem elevar os custos de produção — que, por sua vez, podem ser repassados ao consumidor final, impactando a inflação. Além disso, a incerteza diante do vaivém tarifário e das ameaças do republicano tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de que a maior economia do mundo possa enfrentar um período de desaceleração — ou, em cenários mais pessimistas, por uma recessão. Passado o anúncio do Fed, a expectativa dos investidores fica, agora, com a decisão do Banco Central do Brasil (BC), que deve ser divulgada apenas após o fechamento dos mercados. No Brasil, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie mais uma alta de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, que hoje está em 13,25% ao ano. Assim, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde o governo Dilma Rousseff. Em sua última reunião, o Copom já havia sinalizado que um novo aumento da Selic deveria acontecer na reunião desta quarta-feira. E a expectativa é que, diante da inflação ainda elevada, o comitê anuncie que vai promover, ainda, novas altas à frente.

Mar 19, 2025 - 17:00
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Dólar passa a cair e bate R$ 5,63, após Fed e à espera de Copom; Ibovespa sobe

No dia anterior, a moeda americana recuou 0,25% e fechou a R$ 5,6719, no menor patamar desde outubro. Já o principal índice da bolsa encerrou em alta de 0,49%, aos 131.475 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar inverteu o sinal e passou a operar em queda nesta quarta-feira (19), com as atenções dos investidores voltadas aos cenários de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Durante a tarde, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou a manutenção das taxas de juros dos Estados Unidos entre 4,25% e 4,50% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. Mais tarde, no começo da noite, é a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) apresentar o novo patamar da Selic, taxa básica de juros. A expectativa é de uma alta de 1 ponto percentual nos juros, levando-os a 14,25% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. O rumo dos juros nos dois países é observado com atenção porque podem ser determinantes para o controle da inflação e para os níveis da atividade econômica. Tanto no Brasil quanto nos EUA, o mercado já espera ver uma desaceleração da economia, à medida que os juros seguem em patamares elevados. No entanto, a proporção dos aumentos por aqui e o tempo em que as taxas seguirão altas lá fora podem levar a um desaquecimento mais forte. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair ????Dólar Às 16h30, o dólar caía 0,38%, cotado a R$ 5,6504. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6324. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,25%, cotada a R$ 5,6719. Com o resultado, acumulou: queda de 1,24% na semana; recuo de 4,13% no mês; e perda de 8,22% no ano. a ????Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,88%, aos 132.627 pontos. Na véspera, o índice teve alta de 0,49%, aos 131.475 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 1,96% na semana; avanço de 7,07% no mês; e ganho de 9,31% no ano. O que está mexendo com os mercados? As indicações de juros dos bancos centrais do Brasil e dos EUA são os principais destaques do pregão desta quarta-feira (19). ???? Os dados são monitorados de perto porque juros mais altos tornam o crédito mais caro, reduzindo o consumo e ajudando a controlar a inflação. Mas esse efeito demora alguns meses para ser sentido na economia. Em decisão divulgada durante a tarde, o Fed manteve as taxas básicas de juros norte-americanas inalteradas no patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de a decisão ter vindo em linha com as estimativas do mercado, os dirigentes do BC dos EUA indicaram que as incertezas em torno das expectativas econômicas aumentaram, e sinalizaram prever dois aumentos de juros ainda neste ano. Economistas e agentes do mercado têm feito uma série de alertas sobre os impactos das taxas aplicadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a outros países — em especial, contra os principais parceiros comerciais dos EUA. Algumas tarifas estão em vigor. Outras, suspensas. Leia mais sobre o assunto aqui. Essas taxas aumentam as preocupações sobre um eventual aumento da inflação nos EUA. Os preços já têm sentido a influência do mercado de trabalho ainda aquecido no país, e a leitura é que as diversas tarifas de importação sobre os parceiros comerciais dos EUA podem elevar os custos de produção — que, por sua vez, podem ser repassados ao consumidor final, impactando a inflação. Além disso, a incerteza diante do vaivém tarifário e das ameaças do republicano tem prejudicado a confiança dos consumidores, levantando temores de que a maior economia do mundo possa enfrentar um período de desaceleração — ou, em cenários mais pessimistas, por uma recessão. Passado o anúncio do Fed, a expectativa dos investidores fica, agora, com a decisão do Banco Central do Brasil (BC), que deve ser divulgada apenas após o fechamento dos mercados. No Brasil, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie mais uma alta de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, que hoje está em 13,25% ao ano. Assim, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde o governo Dilma Rousseff. Em sua última reunião, o Copom já havia sinalizado que um novo aumento da Selic deveria acontecer na reunião desta quarta-feira. E a expectativa é que, diante da inflação ainda elevada, o comitê anuncie que vai promover, ainda, novas altas à frente.

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