Senado dos EUA aprova projeto de Trump que reduz impostos, aumenta verba contra imigrantes e corta programas sociais
O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Senado dos EUA faz maratona para votar pacote de medidas de Trump O megapacote de cortes de impostos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado norte-americano. Além da redução de tributos, o texto prevê o aumento de recursos voltados ao controle da imigração e determina cortes em programas sociais — em especial, na saúde. (leia mais abaixo) O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após ser aprovado no Senado, o projeto retorna agora à Câmara dos Deputados. Caso seja novamente aprovado, seguirá para a sanção presidencial. A previsão é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto propõe estender os cortes de impostos de 2017, no primeiro mandato de Trump, além de reduzir outros tributos e aumentar os gastos com defesa e segurança nas fronteiras. Entenda sobre o que trata o projeto. Desde o anúncio do projeto, Trump vinha pressionando os legisladores para que o texto chegasse à sua mesa até o feriado do Dia da Independência, em 4 de julho. Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Ainda não está claro quais alterações foram incluídas no pacote para responder às preocupações de senadores quanto ao custo do projeto e seus efeitos no sistema de saúde. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Sobre o que trata o projeto? O projeto visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. A lei ainda destina dezenas de bilhões de dólares à repressão imigratória de Trump e pode revogar uma série de incentivos à energia verde trazidas pelo ex-presidente democrata Joe Biden, além de restringir a elegibilidade para programas de segurança alimentar e de saúde. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.

O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Senado dos EUA faz maratona para votar pacote de medidas de Trump O megapacote de cortes de impostos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovado nesta terça-feira (1º) pelo Senado norte-americano. Além da redução de tributos, o texto prevê o aumento de recursos voltados ao controle da imigração e determina cortes em programas sociais — em especial, na saúde. (leia mais abaixo) O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) estima que o pacote orçamentário adicionará cerca de US$ 3,3 trilhões (aproximadamente R$ 18 trilhões) à dívida pública do país. Após ser aprovado no Senado, o projeto retorna agora à Câmara dos Deputados. Caso seja novamente aprovado, seguirá para a sanção presidencial. A previsão é que a votação ocorra já na próxima quarta-feira (2). Apesar do controle republicano no Senado, a votação desta terça foi apertada. Após uma longa sessão que se estendeu pela madrugada, o voto de desempate ficou a cargo do vice-presidente J.D. Vance. Os três republicanos que se posicionaram contra o projeto foram Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine) e Rand Paul (Kentucky). Intitulado "One Big Beautiful Bill" (Um grande e belo projeto, na tradução livre), o texto propõe estender os cortes de impostos de 2017, no primeiro mandato de Trump, além de reduzir outros tributos e aumentar os gastos com defesa e segurança nas fronteiras. Entenda sobre o que trata o projeto. Desde o anúncio do projeto, Trump vinha pressionando os legisladores para que o texto chegasse à sua mesa até o feriado do Dia da Independência, em 4 de julho. Aliados de Trump enfrentaram um caminho difícil para aprovar o projeto de 940 páginas, em meio a divergências sobre benefícios fiscais e mudanças nas políticas de saúde que podem transformar setores inteiros e deixar milhões de pessoas sem cobertura médica. Ainda não está claro quais alterações foram incluídas no pacote para responder às preocupações de senadores quanto ao custo do projeto e seus efeitos no sistema de saúde. Desde o início, os democratas manifestaram forte oposição ao pacote, argumentando que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos, comprometendo programas sociais essenciais para os norte-americanos de baixa renda. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em evento na Casa Branca REUTERS/Leah Millis Sobre o que trata o projeto? O projeto visa tornar permanentes os cortes nos impostos sobre a renda individual e heranças, aprovados durante o primeiro mandato de Trump, em 2017. Também incorpora promessas de campanha feitas em 2024, como a isenção de tributos sobre gorjetas, horas extras e juros de determinados financiamentos de veículo, além de uma dedução de US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) para idosos que ganham até US$ 75 mil (R$ 408,8 mil) por ano. A lei ainda destina dezenas de bilhões de dólares à repressão imigratória de Trump e pode revogar uma série de incentivos à energia verde trazidas pelo ex-presidente democrata Joe Biden, além de restringir a elegibilidade para programas de segurança alimentar e de saúde. Segundo a estimativa mais recente do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês), a lei adicionaria US$ 3,3 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 197,3 trilhões) do país. De acordo com analistas consultados pela Reuters, esse aumento da dívida serviria efetivamente como uma transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, uma vez que tende a desacelerar o crescimento econômico, aumentar os custos de empréstimos e eliminar outros gastos do governo nas próximas décadas. Outra projeção do CBO é que o projeto também aumentaria o limite de endividamento dos EUA em US$ 5 trilhões (R$ 27,3 trilhões), adiando a perspectiva de um calote da dívida neste verão — o que afetaria não apenas os mercados financeiros norte-americanos, mas do mundo inteiro. *Com informações das agências de notícias Reuters e AP.
Qual é a sua reação?